Projeto aprovado pelo Plenário cria cadastro com informações sobre a condição das mulheres no mercado de trabalho e nas áreas de saúde e educação. Emendas do Senado incluem os dados de seis capitais nesse levantamento.
Luiza Erundina: falta de dados dificulta a elaboração de políticas para a população feminina.

A maior parte das informações será relativa à condição da mulher no mercado de trabalho: taxas de emprego formal, de desemprego e de proporção de mulheres entre o pessoal ocupado; rendimento médio real; e índice de participação em ambientes insalubres.
Na área de saúde, serão apurados dados sobre a expectativa média de vida; índices de mortalidade (com as principais causas); gravidez na adolescência; e taxas de incidência de doenças próprias da mulher e sexualmente transmissíveis.
Também terão de ser levantadas as informações sobre o grau médio de escolaridade; a composição etária e étnica na população em geral; e a proporção de mulheres consideradas chefes de domicílio. Devem ser consideradas a escolaridade, a renda média e o acesso a serviços básicos (eletricidade, água tratada, esgotamento sanitário e coleta de lixo).
Dados deficientes
Para a relatora da matéria na Comissão de Seguridade Social e Família, deputada Cida Diogo (PT-RJ), a proposta "é louvável porque busca congregar em um único documento informações para produzir um conhecimento mais detalhado da condição e da participação da mulher no mercado de trabalho e na sociedade".

Deverão constar do relatório 17 tipos de informações sintetizadas com base em dados do IBGEÓrgão da administração pública federal subordinado ao Ministério do Planejamento. Principal provedor de dados e informações oficiais do país. Suas principais funções são: - produção e análise de informações estatísticas, - coordenação e consolidação das informações estatísticas, - produção e análise de informações geográficas, - coordenação e consolidação das informações geográficas, - estruturação e implantação de um sistema da informações ambientais, - documentação e disseminação de informações e - coordenação dos sistemas estatístico e cartográfico nacionais. , do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Presidência da República e dos ministérios do Trabalho, das Relações Exteriores, da Justiça, da Saúde, da Educação, da Previdência. Também poderão ser usadas informações de outras entidades, nacionais e internacionais.
Mais cidades
As emendas do Senado acrescentam seis capitais à lista das que serão pesquisadas para obtenção dos dados. O projeto aprovado na Câmara previa as regiões metropolitanas das cidades de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. O texto do Senado inclui Brasília, Cuiabá, Belém, Manaus, Fortaleza e Curitiba. No ano seguinte ao censo demográfico, todas as cidades do País serão incluídas no levantamento.
As informações deverão ser diferenciadas por setor de atividade (comércio e serviços, por exemplo) e por condição da mulher (com carteira de trabalho, sem carteira ou empregadora).
Íntegra da proposta: PL-2159/1999
Reportagem de Eduardo Piovesan e Edição de João Pitella Junior (Agência Câmara de Notícias).
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